quinta-feira, 14 de julho de 2011

A VOZ HUMANA

Produção: pela vibração do ar que é expulso dos pulmões pelo diafragma e que passa pelas pregas vocais e é modificado pela boca, lábios e a língua. Ela é produto da nossa evolução, um trabalho em conjunto do sistema nervoso, respiratório e digestivo, e de músculos, ligamentos e ossos, harmoniosamente atuando para que se possa obter uma emissão eficiente (primordialmente, não foram feitos para o uso da voz). Especialização da laringe (local onde se encontram as pregas vocais). Mas estes músculos foram desenvolvidos, em primeiro lugar para as funções de respiração, alimentação e esficteriana.
Variação: intensidade, altura, inflexão, ressonância, articulação, entre outras. À emissão de uma voz saudável, damos o nome de eufonia. Quando ocorre alteração de alguma característica, dizemos que há disfonia. A disfonia pode ser orgânica, funcional ou mista (orgânica-funcional). É tratável (profissionais: fonoaudiólogo, otorrinolaringologista, professor de canto). Não é uma doença, mas o sintoma, uma manifestação de um mau funcionamento de um dos sistemas ou estruturas que atuam na produção da voz.
A voz sofre muita influência de hormônios e de nossas emoções. É comum ouvir pessoas que estão muito tristes ou nervosas, roucas. A rouquidão é um tipo de disfonia.
A comunicação, a linguagem verbal e o uso da voz, só têm sentido quando temos o outro e quando nos fazemos entender para este outro. A voz é um recurso importante para esse entendimento. Ela pode dizer quando estamos interessados em alguém, quando estamos cansados, quando estamos tristes, alegres, nervosos, quando acabamos de acordar, quando estamos em um ambiente ruidoso, quando estamos calmos ou quando estamos exercendo uma atividade em que a voz é o diferencial.
As pregas vocais vibram muito rapidamente. Nos homens, esse número de ciclos vibratórios fica em torno de 125 vezes em 1 segundo. Na mulher, que tem voz, geralmente, mais aguda, o número aumenta para 250 vezes por segundo. A essa característica damos o nome de freqüência. Vale recordar que as pregas vocais do homem têm mais massa e são menos esticadas que as da mulher.

Timbre: O timbre da voz humana depende das várias cavidades que vibram em ressonância com as pregas vocais. Aí se incluem as cavidades ósseas, cavidades nasais, a boca, a garganta, a traquéia e os pulmões, bem como a própria laringe.

Frequência: A mais baixa frequência que pode dar a audibilidade a um ser humano é mais ou menos a de 20 hertz (vibrações por segundo), enquanto a mais alta se encontra entre 10 000 e 20 000 hertz, o que depende da idade do ouvinte (quanto mais idoso menores as frequências máximas ouvidas). A frequência comum de um piano é de 40 a 4000 hertz e a da voz humana se encontra entre 60 e 1300 hertz.

O recorde de registro (tessitura) de voz mais alta, pertence a Georgia Brown, que possui o registro de exatas 8 oitavas (G2 à G10), o que é mais alto do que qualquer nota de piano.



Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Voz

História da Fonoaudiologia no Rio Grande do Sul

O surgimento da Fonoaudiologia no Rio Grande do Sul está ligado a educação especial (principalmente de surdos) e ao interesse de alguns profissionais na solução de problemas de voz (falada e cantada).
   Deve-se a fundação de associações, formação de cursos superiores,  regulamentação (1981) e  estruturação da profissão a pessoas de áreas profissionais afins (pedagogos, músicos, médicos...). Esses pioneiros, ainda que sem formação específica, atendiam a várias necessidades e buscavam ampliar seus conhecimentos para melhorar seu desempenho. Isso os levou a entrar em contato para troca de informação (promoviam simpósios, congressos, reuniões) e se unir na consolidação da nova profissão. Já estava definida a interdisciplinaridade da Fonoaudiologia!
   A primeira pessoa de que se tem notícia que exerceu a profissão  de fonoaudióloga  em Porto Alegre foi Luiza Gratzfeld (alemã, chegada no Brasil em 1905, trazida por família tradicional com objetivo de oralizar um dos filhos. Em 1911, fundou escola para crianças surdas, que funcionou até 1950 e ensinou procedimentos e técnicas até sua morte, em 1970).
   Até a existência de cursos no Estado, pessoas interessadas buscavam conhecimento principalmente no RJ, SP, EUA, França e Argentina (destacando-se  em Buenos Aires o Prof. Dr. Bernaldo de Queirós, foniatra reconhecido mundialmente que deu cursos e palestras em POA nos anos).
   
   O primeiro curso superior foi criado em Santa Maria, no ano de 1972 (quando a duração era de 4 semestres; passou para 3 anos em 1974). Deveu-se, basicamente, aos esforços de Lygia Migliore (cantora lírica) e Dr. Reinaldo Cóser (otorrinolaringologista fundador do Instituto da fala). Essa parceria formou-se após a relação médico-paciente que estabeleceram em meados da década de 60. Posteriormente, vieram IMEC (equipe estruturadora do curso coordenada por Alda Rodriguez, pessoa importante no processo de regulamentação da profissão), ULBRA, UFRGS (1991 e 1996, 2008 respectivamente).  
   Voltando a Lygia Migliore, também na década de 60 ela conheceu Mauricilla Moojen, com quem teve algumas aulas de canto e conversava sobre patologia vocal. Na época, Mauricilla (também cantora formada) fundava a Clínica da voz da fala, juntamente com médicos (psicóloga e clínico geral, além de vários otorrinolaringologistas). Por volta de 1965, o Instituto da Fala (SM) recebeu a visita de Vera Veríssimo (área: Letras, seguindo estudos em linguagem e fonética), Zulmira Martinez (área: Enfermagem, mais tarde aprofundando conhecimentos em audiologia) e do Dr.Queirós. Foi-se firmando um grupo que mais tarde formaria uma associação que impulsonaria a profissão. Esse grupo incluía ainda outras pessoas significativas nesse período de construção: Dorothy Moniz, Tininha Ribeiro, Marlene Danese, Léa Day, entre outros. O grupo que se formou aqui no Rio Grande do Sul incorporou-se à luta nacional e influenciou decisivamente, principalmente no nome da profissão (em SP  e no RJ havia uma tendência para outros nomes).
   Em 1971 foi fundada a AFARS (Associação Fonoaudiológica do RS) e em 1972 a ASFA (Associação Sul-rio-grandense de Fonoaudiologia). Essas associações se fundiram em 1973.
    No dia 1º de novembro de 2002 CRFa 7 (Conselho Regional de Fonoaudiologia, RS).
   Esse processo de buscas e conquistas se estende até os dias de hoje. Há titulações de especialista em grandes áreas do conhecimento:  voz, linguagem, audiologia e motricidade oral, e pós-graduação (mestrado relacionado/audiologia, exemplo da PUC-SP). A Fonoaudiologia acompanha as mudanças na sociedade e o profissional precisou compreender a importância dos meios familiar, cultural e social. É necessário enfrentar os novos desafios, sempre em busca de métodos apropriados aos novos tempos para auxiliar na comunicação humana, que é seu principal objeto de estudo.

domingo, 26 de junho de 2011

ÉTICA NA FONOAUDIOLOGIA

CFFa  & CRFa


Na década de 60, deu-se início ao ensino da Fonoaudiologia no Brasil, com a criação dos cursos da Universidade de São Paulo (1961), vinculado à Clínica de Otorrinolaringologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina, e da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1962), ligado ao Instituto de Psicologia.
Nos anos 70, tiveram início os movimentos pelo reconhecimento dos cursos e da profissão. Foram criados, então, os cursos em nível de bacharelado, e o curso da Universidade de São Paulo foi o primeiro a ter seu funcionamento autorizado, em 1977.

Em 09 de Dezembro de 1981, o então presidente João Figueiredo sancionou a Lei n° 6965, que determinava a competência do Fonoaudiólogo. Com a Lei também foram criados os Conselhos Federal e Regionais de Fonoaudiologia, cuja principal finalidade é a fiscalização do exercício profissional. As atividades do Conselho Federal começaram em 1983.
 Os Conselhos Regionais de Fonoaudiologia são autarquias federais que têm como principal objetivo orientar e fiscalizar a prática da fonoaudiologia em suas jurisdições, fazendo cumprir o exercício da profissão de acordo com a legislação e as normas estabelecidas pelo Conselho Federal de Fonoaudiologia. Também registram profissionais e expedem os documentos necessários a habilitação para a prestação de serviços fonoaudiológicos.
O Conselho Regional de Fonoaudiologia 7a Região, responsável pela prática da fonoaudiologia no Rio Grande do Sul, foi instalado em 1°de novembro de 2002 a partir da posse da Junta Administrativa, conforme a Resolução 288, de 31 de agosto do mesmo ano. Em novembro de 2003, foram realizadas as eleições para a composição do Primeiro Colegiado, que assumiu o Conselho em 1° de abril de 2004.
Em 15/09/84, pela Resolução CFFa n° 010/84, foi aprovado o primeiro Código de Ética.  O crescimento da profissão, a ampliação do mercado de trabalho do Fonoaudiólogo e a maior conscientização da categoria levaram os Conselhos de Fonoaudiologia à revisão de toda a sua Legislação. Daí a criação de um novo Código (que data de 17/12/95).



CÓDIGO DE ÉTICA
O Código de Ética regulamenta os direitos e deveres do profissional inscrito nos Conselhos.
Aos Conselhos Regionais compete zelar pela observância do Código nas áreas de  sua jurisdição, eles funcionam como órgão julgador de primeira instância. Já os Conselhos Federais funcionam como um Conselho Superior de Ética Profissional, além de firmar jurisprudência e atuar nos casos omissos.
Considera-se dever do profissional conhecer o Código Ético de sua categoria profissional.
Seguem os sites dos Conselhos mencionados (neles pode-se ter acesso ao Código de Ética vigente).
http://www.fonoaudiologia.org.br
http://www.crfa7.com.br

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Site interessante!!

Vale a pena dar uma olhada nesse site criado pelos professores e alunos de Fonoaudiologia da PUC Minas.
 

                         http://www.fonoque.com/

Aproveitem :)

Link com animação sobre a produção da voz.

                        MUITO LEGAL!!!!


http://www.diamundialdavoz.com/site_dmv/video_fabrica.asp


O material foi desenvolvido pelos colegas de Portugal para o dia mundial da voz de 2009.

Espero que gostem :)

domingo, 29 de maio de 2011

VOZ MAIS JOVEM

Americanos criam cirurgia para rejuvenescer voz


Médicos americanos desenvolveram uma cirurgia plástica para a voz que faz com que os pacientes soem mais jovens, deixando cordas vocais trepidantes mais claras e fortes.

Essa técnica havia sido utilizada anteriormente em pessoas que tinham perdido a voz em acidentes ou doenças.
Os médicos, no entanto, dizem que a cirurgia está se tornando popular entre pessoas que já haviam feito cirurgia plástica e gostariam de ter uma voz tão remoçada quanto a sua aparência.
“São pessoas que pagam US$ 15 mil (cerca de R$ 40 mil) por uma operação plástica e que, ao abrirem a boca, soam como se tivessem 75 anos de idade”, diz o doutor Robert Thayer Sataloff, do Graduate Hospital na Filadélfia, EUA.
Cantores
“As falhas e tremores são os fatores que fazem uma voz soar velha”, diz ele.
Os médicos podem rejuvenecer uma voz ao colocar as cordas vocais mais próximas umas das outras.
Isso é feito por meio da injeção de colágeno ou substâncias parecidas para “arredondar” as cordas vocais.
Os médicos dizem que a técnica poderia ser importante especialmente para profissionais da voz.
“Pode beneficiar pessoas que estejam chegando ao final de suas carreiras de cantor”, diz Leroy Young da Sociedade Americana de Cirurgiões Plásticos.
“Ou mesmo políticos e professores”, completa.

Fonte: http://www.bbc.co.uk/portuguese/ciencia/story/2004/04/040420_vozrc.shtml

kARAOKÊ NO JAPÃO

Karaokê eleva casos de tumor nas cordas vocais no Japão

Freqüentadores de karaokês no Japão ficaram preocupados depois que médicos alertaram que o excesso da atividade tem levado a um aumento dos casos de pólipos nas cordas vocais.


 
Batizado de "pólipo de karaokê", o problema é definido como uma inflamação nas cordas vocais causada pelo uso excessivo e incorreto da voz.
A inflamação dá origem a pequenos caroços que precisam ser removidos por cirurgia. Sem a operação, os pólipos não chegam a evoluir para algo mais grave, como câncer, mas o paciente corre o risco de ficar sem voz.
Os médicos advertiram ainda que a garganta sofre por causa cigarro e do ar condicionado das salas de karaokê – que deixam as cordas vocais secas – e do álcool, que agride a membrana e facilita a formação do caroço.
"Abusar do karaokê uma noite já basta para o aparecimento de pólipos", diz o médico otorrino Toshiyuki Kusuyama, do Centro de Voz de Tóquio.
O karaokê é a diversão preferida de 47 milhões de japoneses, um terço da população do país.
Esforço
Em uma conversa trivial, as cordas vocais, que têm forma de V, cerca de 1,5 cm de comprimento por 0,5 cm de largura, vibram de 100 a 250 vezes por segundo.
Mas no karaokê, dependendo do tom da música, as vibrações podem chegar a mil por segundo – próximo do desempenho de um soprano.
O esforço é grande demais para quem não ganha a vida na ópera.
"Depois de cantar três músicas, o melhor é largar o microfone e descansar por alguns minutos", aconselha o otorrino Hiroyuki Fukuda, diretor da Universidade Internacional de Saúde e Bem-estar, em Tóquio, e criador do termo "pólipo de karaokê".
Ele recomenda que os cantores amadores chupem uma bala e evitem conversar com os amigos enquanto esperam a vez de cantar novamente.
O limite, diz o médico, é dez músicas por noite, no máximo três de tom alto.
Pop afinado
As cirurgias para retirada dos pólipos se multiplicam. Apenas no ano passado, foram 170 no Centro de Voz de Osaka, o dobro de 2004.
Fukuda diz que notou uma diferença entre o perfil de seus pacientes no início dos anos 80, quando ele diagnosticou o "pólipo de karaokê", e hoje.
Naquela época, o paciente típico era o funcionário de escritório que soltava a voz no karaokê depois do trabalho para aliviar o estresse. O problema também atinge profissionais que costumam forçar a voz, como professores, advogados e cantores.
Agora, segundo os médicos, um número cada vez maior de jovens estudantes e donas de casa aparecem roucos nos consultórios com pólipos nas cordas vocais causados por excesso de karaokê.
A culpa, desconfiam os médicos, pode ser das músicas de notas altas que fazem sucesso no pop japonês.
Cantores como Ken Hirai, cujos agudos fariam inveja aos Bee Gees, dominam os rankings de popularidade das salas de karaokê. A maioria dos fãs querem cantar igualzinho aos ídolos.
"Jamais tente imitar o tom de voz de seus cantores favoritos", avisa Fukuda. "As cordas vocais deles não são iguais às suas."

FONTE: http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2007/02/070227_karaoke_polipo_rwpu.shtml